quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cabras na cidade?.. Credo!.. Cimento, cimento, cimento…cimento...

Num texto magnífico, hoje publicado no jornal AS Beiras, que eu li na edição papel e vou tentar trazer aqui um resumo tanto quanto possível fiel, fiando-me na minha memória, Rui Curado da Silva lembra “que nos anos 60 do século passado a Figueira teve o privilégio de ter o aquitecto Alberto Pessoa e o paisagista Ribeiro Telles a pensar a cidade”.
Imaginaram “2 corredores verdes a acompanhar 2 pequenos cursos de água com origem na Serra. Um,  atravessava as Abadias, terminando no rio; o outro, corria até ao mar, atravessando o Vale da Ponte do Galante”.
No mesmo texto que estou a tentar resumir de memória, Rui Curado da Silva ressaltava que “os espaços verdes, em que a natureza trabalha por sua conta,  são naturais e comuns em  cidades alemães e na Europa do norte”.
Aqui na Figueira, ao que parece, outro dia foi um escândalo, para  certas pessoas, ver cabras a pastar nas Abadias!..
“Curiosamente – continuando a  citar de memória Rui Curado da Silva – houve quem se escandelizasse com as cabras, mas aprovou a urbanização e o hotel que assassinaram o corredor verde do Galante”.

Em tempo.
Polémicas à parte,  quando é que a  nova e moderna unidade hoteleira de quatro estrelas, com vistas para o mar e com a praia no outro lado da rua entra em funcionamento?
Com cerca de cinco dezenas de metros de altura, o edifício impõe-se à paisagem urbana da marginal oceânica, pelas dimensões e pela arquitectura.
A estalagem de 4 estrelas está mesmo a fazer falta, pois com a desmesurada procura que por aí anda, carradas de hóspedes (hoje, chama-se cliente a este tipo de freguesia…) poderão ser devidamente albergados e deliciar-se com a panorâmica sobre a marginal da cidade, a cavalo em 50  andaresque  deve ser  formidável, não nego, pelo menos enquanto  não há  mamarrachos iguais a empecê-la.
O mais será uma questão de gosto urbanístico. Ou de falta dele.

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