Quase todos os elementos do Coral David de Sousa, da Figueira da Foz, foram vítimas de furto na noite de sábado enquanto atuavam na Igreja Matriz, em São Julião, naquela cidade. Durante a hora em que durou a atuação, entre as 21H30 e as 22H30, os ladrões entraram no salão paroquial, onde estavam guardados os bens pessoais dos cerca de 45 cantores, e fizeram “uma limpeza geral” às carteiras e telemóveis. Só cerca de uma dezena de participantes não foram vítimas da ocorrência porque mantiveram em seu poder os objetos que poderiam despertar a cobiça dos gatunos.
Via AS BEIRAS
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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