No mínimo, estamos em presença de uma crise de valores.
As pessoas, não contam para nada. Os outros e a sua vida, nada valem. O que conta é o dinheiro, o poder e o prazer.
A notícia, faz hoje manchete no diário AS BEIRAS, mas, só consegui o link, via Correio da Manhã.
“Um homem de 63 anos, residente em Cova da Serpe, Quiaios, concelho da Figueira da Foz, queixou-se ontem à GNR de ter sido burlado em 25 mil euros, por dois homens que se ofereceram para lhe trocar o dinheiro, alegando que o euro ia acabar.
A vítima foi abordada em casa, à hora do almoço, pelos dois burlões, que viajavam num Ford Focus vermelho, de matrícula falsa. Para o convencer, os burlões mostraram-lhe uma nota de 50 euros e disseram-lhe que se tivesse notas iguais devia ir buscá-las, pois eles trocavam--nas "por dinheiro novo".
O homem, que tem a mulher acamada, por doença, foi buscar 25 mil euros e entregou-os aos burlões. Com o dinheiro nas mãos, puseram-se em fuga.”
Actualização às 15 horas e 5 minutos:
Para ler a notícia no jornal AS BEIRAS clique aqui.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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