quarta-feira, 16 de maio de 2012

O pior cego, é o que se recusa a ver...

imagem sacada daqui
Felizmente, sou dos portugueses que ainda tenho trabalho.
Não faço o que gosto, mas faço o que posso.
Ganho um salário que me permite viver, sem luxos, mas com dignidade.
Após alguns dias decorridos, e depois de muito reflectir,  e depois de  ter ouvido o senhor, não só dizer, mas a seguir (é de homem...) manter que estar desempregado afinal é bom, que é uma oportunidade, etc. e tal, sabe que mais?..
Teoricamente, pode até ter razão mas, na prática, sabe do que fala?..
“Em Portugal 80 por cento das pessoas trabalha por conta de outrem, nos Estados Unidos apenas 30. Se o modelo a seguir é o de uma sociedade empreendedora, estes números, caro Pedro Passos Coelho, não o podem deixar indiferente. Pois é consigo que todos contamos para inverter esta situação. Este é o único caminho: a nossa oportunidade é a educação. Não o desemprego.É por isto que digo que não sabemos de quem está a falar. Estar ocioso e desempregado é uma oportunidade apenas para quem sabe, e pode, ter tempo para pensar. E esse não é o perfil dos desempregados portugueses. Os nossos jovens licenciados têm, desde o 25 de Abril, um ensino desajustado às necessidades do país e, entre a nossa população activa, menos de 30 por cento das pessoas concluiu o ensino secundário. Uma verdadeira tragédia.Negócio é uma palavra com origem latina – “negotio” – que quer dizer, como o próprio nome indica, negação do ócio. É sempre da acção que vem o dinheiro.O problema é que na nossa escola ninguém nos ensina a pensar assim.”
Se fosse como o senhor diz, com o desemprego real a atingir praticamente os 20%, Portugal seria considerada a nova “terra das oportunidades”. Corríamos o sério risco de sermos invadidos por pessoas à procura do desemprego e da oportunidade que isso seria para as suas vidas, pois, presumo que Portugal não está a pensar em suspender o acordo Schengen, que permite a livre circulação de pessoas…
Ou estará?..

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