sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Na Figueira, os políticos continuam a procurar o sentido da sua existência como quem busca “ainda príncipes valentes e princesas perfeitas”…

foto Pedro Cruz,
jornal AS BEIRAS
Estejam mas é atentos à vida!..
Olhem, por exemplo, de frente para esta realidade, que de forma despretenciosa e verdadeira, José Castilho, um artista plástico, mas durante os 20 últimos anos também gestor da Discoteca Bergantim, retrata em entrevista ao jornal AS BEIRAS: “não há vida noturna durante a semana na cidade sem universitários”.
Todos nós passamos pela vida, um dia após outro, com a nossa tralha pessoal: os livros que lemos, os filmes que vimos, as canções que escutámos, as histórias que conhecemos, a força e a sabedoria que acumulámos... Mas não só: em cada dia que abrimos a porta de casa e saímos para a vida, fazêmo-lo também com as nossas feridas, as nossas cicatrizes, os nossos desgostos, os nossos fins, as nossa derrotas, os nossos enganos, os nossos arrependimentos…
Já desisti de pensar, que com o passar dos anos e das nossas experiências pessoais, nos transformamos em melhores seres humanos…
O passar dos anos, pelo que conheço e pelo que aprendi nestas quase 6 décadas de existência, apenas refinam o nosso talento enquanto actores...
Em tempo...
Para que não subsista  nenhuma dúvida: não estou a referir-me a nenhum político figueirense em particular...

2 comentários:

anamar disse...

A Figueira, perdeu-se no tempo,
atrever-me-ia a dizer que é dificil de se encontrar...

Quase sendo levada a pensar, que autarcas do tempo da outra senhora, bem mais simpáticos foram coma terra...

A esperança, que costuma ser a última a morrer, aqui, finou-se.
Abraço e bom f.s.

Carlos Leal disse...

Concordo com Anamar.
A Figueira é o espectro de si mesma.
Vender água fria e vento, numa altura em que o nosso espaço é... o planeta, requer talento e modedas de troca.
Neste momento, na Figueira, carecendo do primeiro, não dispomos necessariamente do segundo.
De cada vez que regresso, encontro uma cidade que agoniza sobre si mesma, perdida em memórias cada vez mais distantes e sem o farol norteador de projectos...
Estamos a perder todas as apostas de um modo drástico. Não sei onde isso nos levará...
Nada se fez quando perdemos as indústrias, nem quando nos desleixámos com a agricultura, nem quando perdemos competitividade portuária.
Agora, assistimos indiferentemente ao desinvestimento na promoção turística...
Que nos restará...?