António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Complicado...
“É preciso perceber que o meu lugar era muito cobiçado… há muitos esquemas e muitos interesses financeiros à volta do CAE. Nunca fez confusão a ninguém que se comprassem espectáculos a 70, 120.000 ou 300.000 euros? Espectáculos que depois tinham 400 pessoas, meia casa? Para onde é que ia mesmo esse dinheiro? Era todo para pagar aos artistas? E quando se acaba com isso, ou até com horas extraordinárias que podem ser poupadas se o trabalho for organizado de outra forma… é complicado.”
Rafael Carriço, em entrevista ao jornal O FIGUEIRENSE
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