É publico: o funcionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, com as valências com que tem estado ao serviço de largos milhares de utentes, pode ter os dias contados.
Até aqui, tirando a indignação e o alerta de uns poucos (onde este blogue, desde que o alerta foi dado, se inclui,) têm restado os habituais lamentos sobre a falta que a eventual extinção de alguns serviços fará a quem por aqui reside.
O assunto, para já, carece de discussão e de transparência.
Por isso é importante a reunião a ter lugar “no próximo sábado, dia 19 de Novembro às 15 horas nas instalações onde funcionou o Quartel do CICA e a Univ. Internacional e agora sede da Associação Tubo d’Ensaio.”
Temos de deixar de ser um povo que apenas se lamenta pelas esquinas.
Temos de assumir que muita coisa que nos acontece também é por nossa culpa e da nossa inércia.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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