… o homem , que começou por apanhar 7 anos de prisão, transformados a seguir em 2 anos, que viu agora o Tribunal Constitucional rejeitar por unanimidade o segundo recurso apresentado, teve ontem, dia 12 de Outubro 2011, no telejornal da RTP1 das 20 horas, mais de 4 minutos (quatro) de tempo de antena, com direito a directo!..
E o homem, pasmem, não é jogador nem treinador de futebol famoso!..
É artista, mas não é nenhuma estrela de Hollywood: limitou-se a presidir à inauguração de uma estátua junto ao Parque dos Poetas, em Oeiras...
Até o homem se sentiu "congestionado e com falta de ar"!..
Livra!..
Como diria o meu querido Amigo e saudoso Mestre Zé Martins: isto anda tudo doido!...
Pois é meu caro Zé: no País onde a banalidade é que importa, nenhuma outra coisa acontece tanto…
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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