“O documentário “Pare, Escute, Olhe” do figueirense Jorge Pelicano venceu a categoria de Melhor Documentário no XVII Caminhos do Cinema Português, um festival realizado anualmente na cidade de Coimbra.
A receber o prémio, no Teatro Académico Gil Vicente, esteve Rosa Teixeira da Silva, argumentista e assistente de realização, que evidenciou a missão do documentário.
“Fizemos este trabalho nas nossas folgas e férias, retratamos esta realidade, mostramos a parte emocional. Assumidamente militantes, porque abordamos o lado do povo, e defendendo a manutenção do património do vale do Tua, cumpriu este documentário a sua missão? Ainda não, pois vivemos numa sociedade adormecida e pouco interventiva. Contudo, se não o fizéssemos, se não existissem pessoas a defender esta causa, as recompensas ainda seriam menores para aquelas pessoas. Por outro lado, é fundamental que fique registado quem são os verdadeiros responsáveis por aquilo que está a acontecer naquela região, que os culpados tenham um rosto”.
Via O Figueirense
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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