Neste blogue, poucos dias após ter nascido, foi escrito o seguinte: “Numa Terra jovem como a nossa, onde o Património artístico e monumental é praticamente inexistente, terá de cuidar-se da preservação dos raros vestígios do passado.
Estou a referir-me concretamente às Alminhas, uma pequena edificação de 1917.”
Ao longo dos anos fomos alertando para a situação vergonhosa em que se encontra o monumento mais antigo da Aldeia da Cova-Gala.
Nada mudou, entretanto.
Registo agora este alerta do blogue COVA GALA...entre o rio e o mar, publicado no passado dia 16: “Capelinha das Alminhas, a servir os crentes deste povo da Cova Gala na sua fé religiosa cristã desde 1917.
Um marco histórico de grande importância desta terra, que se deve sempre preservar...”
Oxalá seja desta que aquelas duas caixinhas levem sumiço!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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