Calma, a degradação da conjuntura económica e financeira de Portugal é real, mas a culpa é da "grave e conhecida crise financeira mundial"!..
Apesar das dificuldades, cada vez maiores, pelo que me rodeia, verifico que continua a abundar entre os portugueses um optimismo desbragado.
Isso está a fazer-me mal... Está a conduzir-me a um pessimismo cada vez mais profundo.
Vejam lá: não é que eu considero que só um povo profundamente optimista pode julgar que não vai pagar muito caro um défice público superior a 10%, baixá-lo para 7,3%, e para menos de 5% no próximo ano.
O que nos vale, é que existe a possibilidade de vir aí o Mourinho!..
Que alívio!...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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