Engenheiro Saraiva Santos, no quinto poder:
“O que eu gostava mesmo era de ver os candidatos à Câmara Municipal da Figueira da Foz a fazerem e a apresentarem umas continhas de simulação de um projecto de orçamento municipal para o próximo ano, o primeiro de um mandato de 4 anos. Seria muito mais esclarecedor do que a panóplia de anúncios de programas, propostas, objectivos, bacalhau a pataco, e coisas do género que os candidatos costumam espalhar a rodos nestes tempos pre-eleitorais.”
Li e não posso deixar de concordar mais.
Mas, também sei no concelho e no país onde vivo!..
Com muita pena, tenho de admitir que ainda está para nascer o candidato presciente que por aqui ganhe eleições. O pessoal quer é folclore…
Nesta altura do campeonato, até Duarte Silva, depois dos últimos quatro anos, admite que “ainda pode ser útil à Figueira da Foz”!...
Podia ser apenas uma perspectiva de uma miragem do inferno. Mas não, é o retrato de um concelho real, de uma autarquia real, de um autarca real.
Espero, que a maioria, opte, na hora de fazer opções, por participar activamente na vida cívica, votando, para mudar o concelho da Figueira da Foz.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário