Recordando quatro anos atrás, cá por São Pedro, tivemos um candidato a presidente de junta, sobranceiro, confiante, seguro, duro, implacável e profissional. Mais: contundente, ágil e agressivo. Um verdadeiro político.
A estratégia teria sido perfeita se fosse isso que os eleitores quisessem dele.
Essa faceta do presidente da junta de São Pedro dos últimos dezasseis anos - o vencedor da vida, o optimista que vive em incesto com o próprio ego, é o traço mais frágil do líder da LISP.
É uma força que se converteu em defeito. Poucos já lhe suportam a vaidade. A vaidade não gera empatia, provoca antipatia. Neste momento, tenta cultivar uma imagem humilde, sóbria e menos arrogante.
Até já vem junto dos servos da gleba dar explicações …
Os casos da bancada do campo do Cova-Gala e do cartaz do Largo das Alminhas estão a fazer o seu percurso…
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Memória
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