Até ao momento, já existem vários candidatos anunciados à Câmara da Figueira da Foz.
Os partidos políticos, enquanto vistos como um todo, em especial os do centrão, merecem-me nenhuma confiança.
Do meu ponto de vista, a nível local, há muitos anos que esses partidos não defendem os figueirenses.
Defendem, isso sim, os interesses de diferentes lobbies partidários locais, que vivem à “mamuge” do estado a que isto chegou. O carreirismo político, neste momento, cá pela parvónia, levou ao poder gente que não tendo condições para se governar a si mesmo, acabou a governar uma cidade e um concelho.
O sistema político, por intermédio dos partidos, vedou o acesso de cidadãos independentes às funções políticas.
No acto eleitoral de Outubro próximo, apenas espero que a Figueira saiba escolher alguém inteligente e honesto, com coragem e determinação em trabalhar para o bem comum, porque continuar a obra do actual executivo, não valerá a pena o esforço e, muito menos, a maçada.
Entretanto, por cá em S. Pedro, freguesia e vila plantada à beira-mar na margem Sul do concelho da Figueira da Foz, vai continuando a propaganda no jornal do costume.
Volvidos quatro mandatos, o presidente da junta faz o que se esperava: um balanço positivo da gestão autárquica da sua equipa. “Traçámos objectivos, definimos um rumo e, contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas, paulatinamente fomos conseguindo fazer de S. Pedro uma vila modelo”.
E eu a pensar que a luta era pelo progresso. Mas, a acreditar nas palavras do presidente da junta, não. É “contra ódios, rancores, venenos e algumas vinganças mesquinhas”!..
Será que a vila de São Pedro é assim tão medíocre como a pinta o presidente?...
Sem uma oposição forte há 16 anos, deixou de haver equilíbrio de poder e espaço para a alternância em São Pedro. Ficou aberto o terreno para o nepotismo e radicalismo individual e para as ilusões de grupo.
O poder absoluto do quero, posso e mando está instalado...
São Pedro, freguesia, vai pagar isto muito caro.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Quem fala assim não é gago.
Por acaso nota-se "UM BOM BOCADO" que o "poder" lhe subiu um pouco à cabeça!
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