Leio no Bicho Carpinteiro:
“José Sócrates regressou esta noite à RTP1 e esteve bem na pantalha que tão bem conhece, sobretudo perante o vazio de propostas das oposições.”
Ao que parece, por uma vez neste País, a culpa não vai morrer solteira. Alguém vai ser responsabilizado pela crise.
Esta crise, meus amigos, é da exclusiva responsabilidade dos Anti-Socas: bloquistas, comunistas, barrosistas, santanalopistas e pauloportistas!..
Só que, depois de ouvir Sócrates, "uma máquina infernal, demolidora de jornalistas, analistas, críticos, e até de pessoas ainda mais zangadas do que ele, como Manuela Ferreira Leite", fiquei como o Pedro Rolo Duarte.
"Acordei e achei que não vivo no mesmo mundo de José Sócrates. Ou ele no meu."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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