António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Compreendo o regozijo mordaz pelo sentido do voto irlandês. Mas não o acompanho, já que a mobilização do "Não" foi feita em torno de causas laterais e algumas reaccionárias como, por exemplo, a defesa da proibição total do aborto. Aceito que a burocracia institucional de Bruxelas precisasse de uma reprimenda destas, mas não é isso que pode refundar a Europa à luz da liberdade, da coesão e solidariedade da utopia realista de Jean Monnet nos idos de 1950!
PORREIRO PÁ, MESMO EM CIMA DA HORA, LÁ GANHOU A EUROPA!..
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