quarta-feira, 28 de maio de 2008

Independentes que já foram comunistas

A ligeireza com que certos ex-comunistas de meia-tigela determina, se calhar sem disso ter a mínima consciência, que "ser liberal e socialista é totalmente incompatível", deixa à vista os limites (ou a falta deles) do revisionismo ideológico em curso em partidos e listas independentes do poder.
Os bons hábitos nunca se perdem, sobretudo aqueles que, juntamente com o ressentimento, estruturam a "mentalidade de escravo" de que fala Nietzsche.
Nem sempre a "modernização doutrinária e política", que tem levado alguns intelectuais e, outros nem por isso, a saltar do PCP para os partidos e listas independentes do poder, significa mudança.
Escravo uma vez, escravo para sempre.
Formados na fidelidade acrítica e no "centralismo democrático", a maior parte deles (salvo as honrosas excepções que escolheram a via mais difícil (a da solidão), não se libertou!.
Apenas mudou de amo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ou não percebi o texto ou ele está eivado de um certo anti-comunismo.
Que uns tenham arranjado amos,é lá com eles. Agora que a solidão seja uma honrosa excepção e a via mais difícil,não concordo. O homem é um ser social, não é um ser solitário.
"Os comunistas não têm uma concepção ideológica separada de uma intervenção prática. Não estamos a lutar por uma concepção; estamos, com uma concepção, a lutar pela solução de problemas concretos da humanidade e por uma tranformação da sociedade que os resolva. estamos cá na terra, com os pés assentes na terra".
"O comunista educado nos príncipios democráticos é democrata sem esforço. É democrata porque não sabe pensar e proceder de outro modo. Porque não tem um desmedido orgulho e vaidade individual. Porque respeita, porque ouve, porque aprende, porque aceita que os outros podem ter razão".
Álvaro Cunhal