António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Agora?...
“O projecto [urbanístico na Ponte do Galante] tem uma mancha de betão excessiva. Sou frontalmente contra aquela construção. Deveríamos aprender com os erros [urbanísticos] do passado e aquele zona privilegiada, a última frente marítima da cidade, deveria ter sido salvaguarda com outro tipo de equipamentos”
António Padrão (PSD), ontem, à margem da Assembleia Municipal da Figueira da Foz.
“Foi preciso passar vários anos para ver alguém do PSD a assumir publicamente que não gosta daquele projecto” - Rui Carvalheiro (PS), após a intervenção de António Padrão.
Os figueirenses só têm que estar reconhecidos ao PSD/Figueira, pela cobardia política e ao PS/Figueira e nacional pela ignorância, com que trataram o assunto.
Como sou agradecido aqui vai: a todos, portanto, muito obrigado.
Mas, será que, nas próximas eleições autárquicas, os figueirenses irão continuar a premiar os políticos destes dois partidos, pela boa merda que fizeram a uma das zonas mais bonitas do concelho da Figueira da Foz?
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1 comentário:
O critério para aferir a qualidade de um projecto urbanístico não pode ser definido ao sabor de uma qualquer deputado municipal. Deverá haver regras racionais, objectivas e enquadradas numa prévia estratégia urbanística mais ampla, para que os decisores políticos possam decidir com vista ao bem público.
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