António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Para memória futura
A Figueira está uma lástima ....
Um dia destes o à beira mar finou-se...
Confesso que, por vezes, a vontade...
Há momentos, em que até acho que não serve para nada escrever e alertar dezenas de vezes para as mesmas coisas, sobre as mesmas matérias, no mesmo concelho de sempre, um concelho que desgraçadamente é o meu.
Perde-se a fé, a vontade, em suma a pachorra. Há dias... E há dias. E depois há dias como o de hoje...Por exemplo, com notícias destas ....
Mas, por outro lado, também, há Outra Margem, a que nos permite pregar ao mar, ao vento e aos peixes...
Tempo perdido? Totalmente, penso que não..
Podemos não mudar nada.
Certamente que, assim, não chegaremos a lado algum, mas pelo menos tombaremos de consciência tranquila...
Para memória futura.
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