António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
O problema dos sacos de plástico é uma caso sério. Como as bombas, as pistolas, tudo o que é periugoso.
Há coisas que postas na mão dos portugueses se transformam em armas letais.
O tuga encara dese logo o saco do supermercado como uma coisa que não presta, lixo, uma coisa com tempo de vida e utilidade muito reduzida. Após a sua função, dá-se-lhe a final, que é deitá-lo fora. O lixo, para o tuga, não é coisa para ser tratado, cuidado e depositado onde deve ser. É para ser deitado fora, longe da vista e do páteo. O cascalho e restos de construção, nem é para falar.
Isto dos recipientes e da reciclagem é coisa de betos e modas da cee. Um tuga dispõe-se a limpar uma arma e a primeira coisa que faz, é matar quem estiver mais perto. Com o lixo é o mesmo descuido, a mesma falta de educação. Trinta anos depois de uma "revolução" ainda é bonito escarrar no chão, palitar a dentuça e deitar beatas e papeis para o chão.
Atirar sacos de plástico, garrafas de água, copos de yogurte e fraldas de bébé pela janela fora, em andamento é o que de melhor se faz por aqui.
As bermas das "nossas" estradas e as por enquanto nossas praias são o espelho do desleixo, da falta de respeito pelo ambiente e pelos outros.
Quem não viu ainda o triste e deplorável espectáculo que é a quantidade imensa de detritos a boiar na água do nossa doca de pesca? Uma vergonha.
Mas quanto ao pagar ou não o saquito do super, a questão não se resolve assim. Isso só serve para angariar dinheiro para outros fins e deixar o problema ambiental tal como estava.
É preciso substituir o plástico por outro tipo de material, ou então acabar definitivamente com as embalagens, a pagar ou à borla, em tudo quanto é sítio comercial. Querem fazer propaganda, façam-na na rádio ou tv.
Ainda vamos ter muitos e bons anos de falta de educação e de civismo e creio que vai piorar. Enquanto não se punir a sério quem faz do mundo um boeiro, não vamos a lado nenhum.
Mas radicalmente, acabe-se com o saquinho. Nem de borla, nem a pagar. Daqui a dias, ninguém se esquece deles em casa.
E você, homem, anime-se.
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