“Os líderes parlamentares do PS, Alberto Martins, e do PSD, Pedro Santana Lopes, anunciaram esta terça-feira ter chegado a acordo sobre a revisão da lei eleitoral das autarquias para aplicar nas autárquicas de 2009.”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Se do entendimento resultar o relançamento da proximidade dos eleitores com os eleitos desde que assegurada a proporcionalidade, acho uma boa notícia que pode renovar a própria vida democrática. Pessoalmente, defendo, há muito, os círculos uninominais complementado por um único círculo nacional como o modelo ideal para as legislativas. Para as autarquias concordo com os Executivos monocolores, eleição directa dos Presidentes de Câmara e aumento significativo de poderes de fiscalização e intervenção das Assembleias Municipais e de Freguesia.
Vai ser mudada a lei eleitoral, sim senhor.
Vão ser aumentados os canditatos a todas as autarquias.
Até agora, onde estavam 20, vão passar a estar 25 e assim sucessivamente. E também lhes vai ser aumentado o ordenado reconhecendo o valor da sua competência. Algumas mordomias, também.
Vai ser melhor para a democracia deles. Para a nossa, vai ser pior.
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