António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
“Os portugueses são merdosos”?
Convidado para falar nas Tertúlias do Casino na Figueira, na noite de terça-feira, segundo o diário As Beiras “sem papas na língua, José Miguel Júdice meteu Salazar, Cavaco e Sócrates no mesmo saco e chamou "merdosos" aos portugueses.”
Mas uns mais do que outros, ok, senhor doutor?
Portugal continua a ser é um país com classes.
Por mim, considero sermos mais um país de “manhosos”.
Somos o país de um Durão Barroso, “que sabia a dimensão do desastre e fugiu”.
Somos o país de um António Guterres, “que ajudou a construí-lo e fugiu”.
Somos um país “de um Santana Lopres, que conhecia o problema e o escondeu.”
Somos o país de um Cavaco Silva, “que foi o primeiro a dar de comer ao monstro que mais tarde enunciou”.
Somos o país de um Socrates, “(.....)”.
Enfim, somos Portugal...
“Somos um país muito merdoso?..”
Quem está mal, muda-se, que foi o que José Miguel Júdice precisamente fez.
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