quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Medo de quê?



A participação dos covagalenses na discussão e troca de ideias sobre os problemas da sua Terra é uma manifestação democrática e saudável de inegável interesse cívico.
Foi esse o espírito dos que pensaram, criaram e mantêm este espaço.

Foto: PEDRO CRUZ
Houve um Amigo que, há poucos dias, curiosamente numa conversa de café, me disse que os Blogues podem ser o substituto das tertúlias de café de há uns anos atrás.
Quer dizer: as pessoas em vez de se reunirem à noite num café, vêm até ao computador, ligam a net, pensam, reflectem e partilham ideias uns com uns outros.
Isso assusta o pequeno poder, que não admite, sequer em pensamento, que algo saia debaixo da sua alçada.


A Cova e a Gala, os núcleos mais habitados da Freguesia de S. Pedro, cresceram. Agora, já não somos aquele pequeno aglomerado urbano, onde todos nos conhecíamos desde pequeninos, porque andámos juntos na Escola, a jogar à bola nos quintais, pela Colectividades, nas brincadeiras depois das aulas, etc.
A população, em 2006, tem outra gente, para além dos descendentes dos ílhavenses, que se sediaram na outra margem do Mondego, onde encontraram água potável e mar para arriscar a vida para poder continuar a existir.
E esta gente nova tem, naturalmente, outra cultura, outra vivência e outra experiência de vida, que pode, por exemplo, ser demonstrada pela forma como uma população urbana é independente face ao poder instituído. Por isso, não surpreende que possa haver manifestações cívicas, perante decisões do poder autárquico.


Por exemplo: as pessoas, com legitimidade, podem perfeitamente questionar os critérios que consubstanciaram o dispêndio de verbas dos nossos impostos aplicadas nas Colectividades locais. Os cidadãos, dado que estamos numa Terra onde o pensamento (é certo, que também a asneira) é livre, podem manifestar discordância, inquietação ou concordância activa e participativa com a decisão.
Isso, para uma mente medianamente aberta e democrática, seria um acto normal decorrente do usufruto da democracia na nossa Terra.
Mais, deveria ser até um motivo de orgulho e satisfação, pois hoje é imperativa a necessidade de se desenvolver a democracia participativa, como forma de combater a crise do exercício da cidadania. Viria mal à nossa Terra, se a maioria dos seus habitantes manifestasse, numa atitude de participação cívica, o desejo de ver esclarecidos os critérios culturais e desportivos que levaram recentemente ao dispêndio de milhares de euros, pelo poder autárquico local, no Mocidade Covense e no Marítimo da Gala?


Se as pessoas fossem envolvidas e entendessem as medidas, isso não poderia ser uma forma de as estimular a participar, a colaborar e a trabalhar no associativismo?
A política de desenvolvimento cultural da nossa Terra, passa pela participação dos covagalenses. Mas todos têm de sentir que o poder local olha para todos igualmente. Que não há filhos e enteados.
Isso passaria pelo diálogo, aberto, participativo e democrático com todos os dirigentes associativos.
Há medo de quê?

12 comentários:

Anónimo disse...

Aproveito este artigo para me solidarizar com o responsável pelo "blog" e que foi ofendida a sua mãe por um "ser", que não tenho adjectivo para o qualificar.
Não quero entrar em polémica, porque se aparecer algum comentário ao meu, eu não responderei. No entanto, pensando conhecer a Senhora em questão (penso que é uma Senhora alta, magra, de alguma idade e de poucas palavras, bastante educada) não me sentia bem se não manifestásse a minha solidariedade com o filho.
Quero esclarecer que muitas vezes não concordo com algumas notícias da "Outra Margem" esquerda, mas respeito-as.
Sei que as "amplas liberdades" defendidas não são bem assim, que se noticia a passagem de um ano do falecimento de determinadas personalidades e por exemplo também passou um ano sobre a morte do Papa e outras grandes personalidades nacionais e não se disse nada (estes são dois exemplos de que eu me recordo), mas não posso ofender quem escreve e defende as suas ideias.
Por isso à pessoa ofendida directamente e ao responsável pelo "blog" uma vez mais apresento a minha solidariedade, porque o "domingosdospassarinhos" ficou muito chocado, porque não admite, nem suporta mal educados (penso que estou a ser benevolente com esta qualificação, em relação ao que foi escrito).

Anónimo disse...

Claro, claro.
Se o blogueiro da Outra Margem começar a ser menos partidário e mais pluralista, o pau folga e ele deixa de andar dobrado ao peso da vergasta.
Nunca é tarde para mudar e só os burros não o fazem. Está sempre a tempo, Dr. Agostinho de ser um Verdadeiro defensor da nossa terra e ajudar isto a andar para a frente.
Vá lá, vá melhorando que nós, atentos, (eu) cá estarei para lhe dar em vez de uma vergastada, uma palmada nas costas.

ANTÓNIO AGOSTINHO disse...

“Por vezes, sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no oceano. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.”
Obrigado a todos os que, dos mais variados modos, têm demonstrado amizade e solidariedade.
Obrigado.

Anónimo disse...

Cum caneco, até estou comovido!
Cá estarei, atento.

Anónimo disse...

Amigo Tó não te vás ma é distrair com o negócio...!!!

Anónimo disse...

oh meu deus !

ao entrar pela primeira vez neste blog deparo-me com uma estupidez brutal digna de um BROEIRO ... de um NÃO ... de DOIS!
E se que tal deixarem-se de tretas e começarem a fazer alguma coisa de útil em vez de criticar ...?

e mais, eu não sou adepto de partidos mas contudo tenho que reconhecer que se esta terra evoluiu foi graças ao presidente que lá está e não aos críticos da treta .

Anónimo disse...

Para o tó (da lota)
O que fazem as más influências!!!

O maior problema (para ti claro) é não teres a noção que o teu discurso é semelhante ao utilizado pelos negreiros escravizadores dos seculos XVIII e XIX.
Nesse tempo nem sequer eram considerados HOMENS, eram julgados e tratados como animais, por serem pretos ou diferentes. ... E eram vergados ao poder da vergasta.

Agora, segundo a tua maneira de ver, só porque o bloguer pensa de forma diferente,... há que vergá-lo ao peso da vergasta.

O (homem?) que agora pensa assim, é o mesmo que aos dezoito anos defendia, contra tudo e todos, a liberdade e o livre pensamento, ou o outro(homem?) que, dizem as más linguas deve o seu emprego ... ao peso económico que o papaizinho tinha na altura?

Anónimo disse...

Anónimo das 19:48
Mas que treta vem a ser esta?
Primeiro, deves montar uma barraca na praia para leres o futuro aos necessitados, já que são evidentes os teus dotes de visão futuróloga.
Segundo, isso da vergasta, pá, é mera figura de retórica e o visado, entendeu perfeitamente, a não ser que seja o mesmo, desta vez disfarçado de anónimo.
Portanto rapaz, se não és o visado, mete-te na tua vidita e deixa estar quem está. E quem aos dezoito anos andava a distribuir folhetos, é porque o mandavam, não tinha mais que fazer, porque se o tivesse, não andava nessa vida.

Anónimo disse...

Esse tódalota não rimará com totobola?
É só para saber, já que ele gosta de ser medíocre...

Anónimo disse...

mas afinal de contas será que já não se podem exprimir opiniões livremente? O Tó da lota não poderia fazer um blog? entrava na blogosfera pela porta grande! assim, dessa forma entretido, dizia o que bem entendia e publicava os posts todos que lhe apetecesse, fazia a censurazinha,que não gosta que outros lhe façam, criticava ou aplaudia o que bem entendesse. Vai à lota Tó e não chateia

Anónimo disse...

O tòzinho da lota passou a bola ao quinzinho da horta.
Fazem jogo duplo ... ahhh...também não interessa para nada.
Mas isto da horta é mais produtivo... cultivasse ... areias (lembrai-vos da obra da capela - veroissiomios - do cemitério -verioissiomios), dunas, obras ... obras...obras...empreiteiros,... obras....obras...

Anónimo disse...

A propósito do futuro da internet e da sua funão política e social aconselho a leitura da entrevista de Al Gore na revista visão.